quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O Príncipe Feliz



O Príncipe Feliz

Era uma vez uma andorinha que se tinha atrasado na viagem para o Egito e decidiu passar a noite numa cidade. À noite encontrou um lugar para dormir aos pés da estátua do Príncipe Feliz. Este era de chumbo, coberto com folhas de ouro, os olhos eram safiras e na espada tinha um rubi.
Quando a Andorinha enfiou a cabeça debaixo da asa para dormir, caíram-lhe gotas de água em cima. Olhou para a estátua e viu que estava a chorar.
O Príncipe estava triste porque, quando era vivo, era feliz, pois não conhecia nada fora dos muros do palácio. Só depois de morto e de lhe terem feito aquela estátua, é que passou a conhecer a miséria em que viviam as pessoas na sua cidade. Por isso, não parava de chorar.
Então, contou à Andorinha o que via lá do alto e pediu-lhe ajuda já que os seus pés estavam presos.
O Príncipe pediu-lhe que arrancasse o rubi da sua espada e o levasse a casa de uma senhora, que tinha o filho doente e não tinha dinheiro para o tratar. A Andorinha sentiu pena do príncipe e aceitou ajudar a senhora, adiando a sua partida para o dia seguinte.
Só que nos dias seguintes, o Príncipe pediu-lhe para que lhe arrancasse as safiras dos olhos e o ouro do corpo e os estregasse a pessoas necessitadas. A Andorinha assim fez mas a sua viagem foi mais algumas vezes adiada. Como o Príncipe ficou cego, a Andorinha decidiu ficar com ele para sempre.
Entretanto chegou o gelo e a neve e a Andorinha não queria abandonar o seu amigo príncipe. Mas como o frio era tanto ela não resistiu e morreu aos seus pés. Nesse mesmo instante, o coração da estátua partiu-se em dois.
No dia seguinte, o presidente da cidade reparou que a estátua estava feia sem as suas pedras preciosas e o ouro e aos seus pés estava uma andorinha morta. Mandou fundir o metal mas não conseguiu derreter o coração. Deitaram-no ao lixo ao pé do corpo da Andorinha.



Deus enviou um Anjo à cidade para Lhe levar as duas coisas mais preciosas que lá existiam e o Anjo levou-Lhe o coração partido do Príncipe e o corpo da Andorinha.


João Miguel R. Cruz
4º B
 

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