Esta atividade vem na sequência de uma palestra dada a todos os professores pelo dr:Miguel Veiga, autor do projeto "COLORADD" destinado a melhorar a qualidade de vida dos daltonicos, que em todo o mundo estima-se existirem trinta miloes. De seguida a professora Adalgisa, coordenadora de Educação Especial do nosso Agrupamento, replicou a palestra aos os alunos de todas as escolas.
O daltonismo é a
incapacidade de distinguir e identificar algumas cores. A partir de três cores
fundamentais - o azul, o verde e o encarnado - se multiplicam as cores. Para
algumas pessoas, essa visão colorida é alterada, só conseguindo distinguir duas
das três cores básicas, sendo o mais frequente não diferenciar o verde do
encarnado, acabando por distinguir combinações secundárias como o amarelo ou o
violeta. Sendo mais raros, há casos de pessoas que não distinguem qualquer cor
(acromatismo), o que corresponde a uma visão gradeada de cinzento, ou apenas
uma cor (monocromatismo).
Tudo acontece porque, na
retina, a membrana que cobre a face interna do olho, se encontram as células
fotoreceptoras, os chamados cones, que permitem a percepção de cor. E esses cones
são precisamente três, cada um sensível a um pigmento: encarnado, verde e azul.
Num daltónico, um ou mais dos diferentes tipos de cones não funciona
correctamente ou nem sequer existe, o que impede o cérebro de receber a
informação que lhe permite descodificar a cor associada.
A maioria dos casos de
daltonismo estão associados à hereditariedade mas ocasionalmente podem resultar
de doenças oculares.
Nos casos mais comuns de
daltonismo, as pessoas desenvolvem um sistema de referência próprio, substituindo
as tonalidades ausentes por diferentes tons de cinzento. E aprendem a conviver
com esta diferença cromática, que não lhes afecta a saúde, ainda que influencie
o quotidiano.
Conduzir é um dos exemplos
de maior dificuldade associada ao daltonismo, nomeadamente nos semáforos. Como
saber se está verde ou encarnado? A solução passa pelo esquema cromático, em
que a cor em falta se apresenta disfarçada de cinzento. Porém, para desenvolver
uma actividade profissional relacionada com os meios de transporte ou com as
forças de segurança, este recurso pode ser insuficiente - ser piloto de avião,
maquinista de comboio ou agente da polícia e não conseguir distinguir
claramente todas as cores é uma combinação inviável.
O daltonismo pode ser
despistado em idade pré-escolar, aquando da primeira visita ao oftalmologista.
Mas só pelos 10 anos é possível realizar testes que permitem avaliar com maior
precisão o défice cromático da criança. Uma vez identificada a anomalia, não há
necessidade de qualquer vigilância particular, até porque não interfere nas
outras funções da visão - e porque, por enquanto, não existe qualquer
tratamento que permita restabelecer a percepção normal das cores.
(Texto extraído de página da internet)